As histórias mantêm o universo vivo


O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus

“Estamos aqui para contar a história que mantém o universo vivo.”

“Nada pode impedir que as histórias sejam contadas.”

Essas linhas do diálogo entre um mago e o diabo são verdades reconfortantes.

Quantas vezes uma boa história nos protege, salva o nosso dia, mostra o caminho para uma solução, recheia o coração de alento. Só não traz a pessoa amada, nem colore os fios brancos. 🙂

O filme O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus sofreu para ser realizado, como um personagem sofre para seguir o destino em sua própria história. Um dos atores principais, que vive um personagem fundamental na história, morreu durante as filmagens. Heath Ledger, recém saído da pele do Coringa, de Batman – O Cavaleiro das Trevas, ainda afetado pelo pirado vilão, deixou esse mundo. Mas esse episódio triste acabou conduzindo a realização do filme por um caminho extraordinário. A realidade afetou a ficção, como um zumbido de inseto modifica o roteiro de um sonho.

Christopher Plummer é o Dr. Parnassus, que, há muito, muito tempo atrás, faz um pacto com Tom Waits, o “coisa ruim”. Ele ganha vida eterna em troca da alma de sua bela filha Valentina (Lily Cole), quando esta completar 16 anos (não lembro bem qual a idade). Parnassus, Valentina, Percy (Verne Troyer, o mini-mim) e Anton (Andrew Garfield) formam uma espécie de troupe de artistas itinerantes, que vaga por Londres numa carroça que é a casa deles e o palco onde encenam um espetáculo de mistérios e segredos.  Ledger é Tony, homem de passado condenável, que é  literalmente salvo da forca pela trupe. Ele sofre uma amnésia temporária e acaba se revelando uma grande aquisição para o grupo, atraindo público e dinheiro. E ainda disputa a preferência de Valentina com Anton.

Mas o que é esse espetáculo? O que a troupe apresenta? Hum… Curiosidade… Labirinto do desejo. Atrás das cortinas do palco-carroça residem os sonhos e desejos do mundo. Experiências que nenhum dinheiro pode pagar. E nesse mundo por trás das cortinas dos confins da mente do Dr. Parnassus, Heath Ledger pode ser Jude Law, Johnny Depp ou Colin Farrell. Tanto faz para um homem de passado desconhecido, de caráter inexato, e além do mais exilado na imaginação dos outros. Viver-morrer. Acordar-dormir. Um outro mago em uma outra história já disse ““We are such stuff as dreams are made on.” (“Somos da mesma substância que os sonhos.”) (1).

Esse jogo de adentrar e sair de trás das cortinas da fantasia é o material precioso e flexível que o ex-Monty Python, Terry Gilliam (Os 12 Macacos, As Aventuras do Barão de Munchausen) manipula com a habilidade de um feiticeiro. Um filme sobre o  poder da imaginação e sobre a magia de construir histórias. Histórias constroem vidas. Transformam pessoas. Podem até salvar almas perdidas na vida e nos filmes.

Passagens preferidas desse sonho…

  • A mulher que sonha com jóias, perfumes e sapatos de salto alto gigantescos.
  • O tango com Johnny Depp.
  • A cabeça gigante com o típico chapéu de policial inglês de onde saem policiais dançarinos cantando sobre as maravilhas de entrar para a polícia e poder ser violento e não ser preso (totalmente Monty Python).
  • Os encontros de Parnassus e o diabo (Tom Waits é uma das  melhores encarnações do príncipe das trevas de todos os tempos). Especialmente aquele em que o demo diz que nunca entendeu direito qual é a da magia negra…
Espetáculo dos sonhos

Senhoras e senhores, o sonho está só começando

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

Sapatos, perfumes e jóias

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

Tango com Depp

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

Passagem para o imaginário

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus

A velha peleja do bem contra o mal

Para encerrar, devo dizer que é oficial: The Immaginarium of Doctor Parnassus é melhor do que o Alice no País das Maravilhas. Alice tem uma concepção visual e um acabamento mais sofisticados. E obviamente o orçamento de Alice é maior. Mas Parnassus é uma história melhor e um salto muito mais alto de ousadia artística. Então, só lamento. Perdeu, Burton.

(1) Cito Próspero, em A Tempestade, de William Shakespeare.

Elementar, meu caro Downey

Holmes will kick you ass

Charles Watson e Sherlock Holmes bem menos convencionais

Redondo!

Categoria filme redondo!

Receita do filme redondo: bom roteiro, Robert Downey Jr., Jude Law, trilha sonora, fotografia e edição muito espertas.

Me diverti do início ao fim. Acho que foi o segundo filme que vi do Guy Ritchie. O outro foi Snatch. Desconfiei um pouco de uma versão  mudernosa de Sherlock Holmes, mas não aconteceu nada que eu temia. Uma bobeira ou outra aqui e ali, mas no final das contas o filme é duca! E o Robert Downey Jr. nasceu para fazer as audiências felizes 🙂 🙂 🙂 É um luxo.

Provavelmente os diálogos inteligentes  e rápidos deixam muita gente tipo comendo poeira de neurônio perdido. Isso é irônico… Não faltam ação e  uma boa história, mas falta esperteza de quem assiste…

Ouvi uma fã dos livros do Sir Arthur Conan Doyle se queixar do filme pois ficou chocada com a visão abusada do Guy Ritchie sobre o Sherlock Holmes. Do personagem, nunca li os romances (ou contos, sei lá). Só li uma história em quadrinho em inglês chamada The Dancing Men. Mas nem lembro direito. Era parte da literatura didática da  Cultura Inglesa (quando o curso era muito bom, exigente e verdadeiramente tão britânico quanto Sherlock, e todos os funcionários, não só os professores, falavam somente em inglês com os alunos, inclusive o ascensorista, mas isso foi lá nos anos 19** e não vem ao caso…).

Watson e Holmes pouco convencionais

Mas o bigodão do Watson e o cachimbo e violino do Holmes seguem firmes e fortes

Realmente tenho uma imagem consistente do Sherlock Holmes com cachimbo, algumas manias e um quê de misoginia. E o Watson definitivamente sempre me foi gordoto, bigodudo e bobo. O novo filme deve mesmo deixar os fãs mais conservadores um tanto ressentidos. Por outro lado, pode-se ganhar com um enfoque totalmente divertido, que aproveita elementos autênticos do personagem injetando um pouco mais de adrenalina. Tem um barato faroeste-rock’n’roll em “Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos”, do Tom Stoppard, que não ofende shakespeareanos convictos. Assim como o Mercucio traveco do “Romeu+Julieta”, do Baz Lurman, é totalmente coerente com a subversão alucinada do personagem.

Sherlock Holmes will kick your ass

Sherlock Holmes will kick your ass

Enfim, o Holmes do Downey luta box e chuta traseiros como em nenhum outro filme sobre o detetive inglês. O fato de ele ser meio porcalhão também deve incomodar. Mas a característica mais simbólica e marcante do personagem, que o tornou folclórico, é a capacidade infalível de dedução pela obervação atenta aos detalhes. Isso é muito bem explorado no filme. E além disso, me desculpe, mas o Robert Downey Jr. é que nem aquele lema do Cartoon Network, “a gente faz o que quer”. Ele pode. Ele faz. Tá tudo certo.

Em 2008 – parte 1 – filmes

Tenho vários posts atrasados. Idéias que expiraram. Lembranças que ficaram bem fraquinhas. Então decidi juntar os caquinhos e fazer uma geral em 2008. E esse post ainda está em aberto… vai se esticar aos poucos.

O mais devertido

O mais devertido

IRON MAN

Essa é melhor filme baseado em HQ  que já vi. Olha que gosto muito do X-Men1, mas o Iron Man veio na medida certa. A história é enxuta e inteligente, sem hipocrisias ou pieguices em relação às guerras no oriente médio, indústria armamentista e terrorismo. Tem uma concepção visual fabulosa. Mesmo lembrando o Ultraman em algumas partes (hehehe).  Destaque para as seqüências de testes no laboratório do Tony Stark e a trilha sonora (viva o rock’n’roll!!!!).

E o melhor de tudo, é claro, o Tony Stark/Iron Man é o Robert Downey Jr. Oh meu Deus, que bom viver e ir ao cinema.

O melhor do ano

O melhor do ano

ESTÔMAGO

Esse é o melhor do ano. É a história mais genial de todas. Sei lá, desde o Cidade de Deus que não vejo um nacional tão bom.

Como boa filha de pau de arara, ri e chorei com a historia do Raimundo “Alecrim” Nonato, um cara da Paraíba que chega em uma cidade grande e conquista meio mundo pelo estômago. No fogão do restaurante ou do presídio, Alecrim cozinha também sua identidade e seu lugar no mundo.

Os atores são maravilhosos, principalmente o que faz o personagem principal (João Miguel) e o que encarna o Bujiú (Babu Santana), líder da cela do presídio em que o Alecrim foi parar.

um crime de tão saboroso

um crime de tão saboroso

Manja só esse diálogo.

NONATO: É gorgonzola! Esse queijo tem esse nome por causa do nome da cidade onde ele foi inventado, na Itália, ali bem pertinho dos Estados Unido…

BUJIÙ: Ô Alecrim, esse gorgonzola pode ser o queijo do caralho que for, meu irmão, tu pode fazê o que quiser com ele, mas esse negócio não vai ficar aqui dentro nem fudendo!

O site do filme tem um super conteúdo com vídeos, entrevistas etc. Destaque para o  livro de receitas do Alecrim.

algumas tortas e um beijo

algumas tortas e um beijo

MY BLUEBERRY NIGHTS

Esse ganha no quesito beleza… Sonhar pode não custar nada. Ou só R$10 de ingresso numa quarta-feira.

Fujo do título brasileiro porque é muito mané, mas é esse aí da imagem.

A doce Nora Jones (a própria cantora mesmo) afoga as máguas com tortas de blueberry (mirtilo) num bar do Jude Law. Ai, ai… Ele e a direção do Wong Kar-Wai são garantia de encantamento.

meninas não vêm com manual

meninas não vêm com manual

JUNO

Adolescentes não vêm com manual, sabe?

E não há uma ordem certa dos fatores para construir uma mulher adulta… assim como não existe mulher adulta o suficiente para ser mãe.

Juno conta uma história muito singela sobre isso. Qualquer hora é hora. Pode ser com 16 ou 80 anos. Sempre haverá uma nova aventura, um medo de levantar o tampa do desconhecido. Mas a Juno nos deixa orgulhosas de ser garotas.

heróis e vilões sombrios

heróis e vilões sombrios

BATMAN – CAVALEIRO DAS TREVAS

Tenho que ver esse de novo, porque a expectativa foi tão grande e o contexto é tão complexo e sombrio, que saí sem saber se foi bom ou não.

Não há dúvida de que o Heith Ledger está sobrenatural (hum… malditos trocadalhos) como o Coringa. Ele rouba o filme totalmente. Não tem muita chance para o personagem-título. Engraçado que li uma declaração do Daniel Day Lewis sobre o Ledger, em que rasga a seda total do cara e lamenta a sua partida. Percebi no Cavaleiro das Trevas o quanto os dois são semelhantes como atores. Tem uma entrega meio mórbida ao personagem. Eles ficam deformados, numa espécie de transe dionisíaco.

Ledger vai assombrar a vida do Batman para sempre

Ledger vai assombrar a vida do Batman para sempre

Várias falas do Coringa já devem ter entrado para o dicionario de grandes citações cinematográficas. Lá vão três exemplos (mas só fazem sentido quando se vê o filme).

“It’s not about the money, it’s about sending a message. Everything burns!”

“See I’m not a monster, I’m just ahead of the curve.”

“I thought my jokes were bad.”

agora dá para acreditar

O incrível Hulk: agora dá para acreditar

O INCRÍVEL HULK 2008

Ah, o incrível Edward Norton… Ele se mete em tudo. É ator, escreve roteiro ou reescreve os  que não gosta, ajuda a escolher elenco, lava, passa e trás a pizza. Seja de uma adaptação do Somerset Maugham ou um kick-ass movie como esse do Hulk.

Ainda bem que ele é bom. Considero o EN um ótimo ator. Do tipo que me faz ver o filme só por ele. Não é um cara bonito. Tem um carinha meio Noel Rosa, meio “mamãe passou lavanda em mim, tá?”. Mas é absolutamente sedutor nos filmes. Ainda quero ver ele de Ricardo III, manco, torto, feio e podre seduzindo a cunhada. Hehehehehe.

Esse Hulk com o E. Norton é mega melhor que o anterior do Ang Lee. Esse de 2002 (acho) é estranho, um dos mais chatos do mundo. O Lee tentou abstrair do roteiro equivocado fazendo umas viagens visuais muito doidas em que fundia imagens fractais, tipo a vista aérea de um deserto mixando com as hemácias e leucócitos se deformando com os raios gama na corrente sangüínea (socorro, vam aí a reforma ortográfica) do Bruce Banner. Tudo muito sofisticado, mas o filme é uma m…..

por um hulk menos shrek

por um hulk menos shrek

Agora esse do Edward Norton, não. Esse é legal. Tem uns erros feios, que podem ser creditados à montagem. Tipo: o noivo da Liv Tyler meio que do nada escrotiza a parada toda.  Cortaram algumas cenas que dariam mais sentido ao desenrolar da trama. Mas, ainda assim, é bom.   O Hulk-Schrek dessa vez está bem mais fácil de engolir que o do outro filme. E tem o Edward Norton se virando no português em plena Rocinha (Tavares Bastos, na verdade), fazendo uma coisa que parece uma yoga-capoeira. Ha ha hah, meu deus do céu.  Pelo menos alguém em Hollywood sabe que a gente fala Português.

Tem gente que odeia o seriado de TV do Hulk. Aquele do tema de piano tristinho. Eu gostava. O filme tem um pouco dessa onda da série, mas não pega pesado no drama. O  Bruce Banner se fode tanto que é até engraçado. O EN com aquela cara de cachorro abondonado com roupa rasgada ao relento. Ô pobrezinho. Tô sacaneando, mas a história é legal e deixa coisas em aberto para um próximo filme. Quem sabe? Com tanto HQ virando filme, é capaz de malandro enjoar geral. Tomara que não.

Will Smith é uma lenda entre os zumbis

Will Smith é uma lenda entre os zumbis

EU SOU A LENDA

Só incluí esse filme porque gosto de 70% dele. O Will Smith é um camarada com muito carisma. No filme, ele é um oficial das forças armadas e médico-cientista, que vive sozinho com seu cachorro em Nova York, depois que a humanidade foi praticamente dizimada por uma praga horrorosa. Ele é imune à doença, mas os outros infectados, que não morreram, viraram zumbis. Smith tenta encontrar uma cura para a doença na solidão de seu  laboratório. Às vezes ele ouve Bob Marley. Na falta de companhia, bate papo com os manequins das lojas abandonadas. De vez em quando, ele e o cachorro saem para caçar veados, que agora vivem soltos pela cidade.

O problema é que não gosto muito de filmes de zumbis, tipo Extermínio e tal. De uma maneira geral, nem gosto de filme de terror. Mas tinha que ter uma ameaça, pois é o propósito do filme. Por isso, descontei só 30%.

a era é de ouro mas o filme fica com a prata

a era é de ouro mas o filme fica com a prata

ELIZABETH – A ERA DE OURO

Sou obrigada a reconhecer que o outro Elizabeth é melhor. Mas esse tem seus méritos. A Cate Blanchett é uma das atrizes de que mais gosto. É sempre um luxo vê-la em ação. E tem de novo o ótimo Geoffrey Rush. E tem o colirão Clive Owen. Tinha tudo para ser tão bom quanto o anterior, o momento histórico é bem mais interessante (o lance da Invencível Armada, quando a Inglaterra vira a mesa no jogo de forças com a Espanha de Felipe II, e se firma como a grande potência dos mares). Locações, figurino e direção de arte são  esplêndidos (mas também a Renascença é sempre uma festa para os bons diretores de arte).

mas a direção de arte é de ouro

mas a direção de arte é de ouro

A Elizabeth Tudor foi a primeira grande rainha da Grã-Bretanha (curioso como o país viveu dois de seus maiores momentos históricos governado por rainhas. Depois de Elizabeth I, Vitória foi a soberana do século 19 e seu reinado influenciou os costume de todo o planeta).

Enfim, tudo parece ótimo, mas o filme não empolga tanto quanto poderia.

wall.e o robô colecionador

wall.e o robô colecionador

WALL.E

A Pixar é sempre surpreendemte e impecável. Sempre oferece uma história inteligente, divertida e cativante, contada através de imagens deslumbrantes.

É impressionante o rigor e sofisticação do tratamento dos planos, sempre cheios de detalhes. São obras de arte animadas. Lembro que fiquei com fome vendo Ratatouille. Embora não haja uma preocupação com a veracidade ao retratar humanos e animais, os personagens sempre são carismáticos e convincentes.

Então, Wall.E é um simpático robozinho que ficou para trás na Terra. O planeta foi abandonado pela humanidade por falta de condições ambientais para a vida. O solo não produz mais vegetais, o sol fica encoberto por uma névoa de poluição bem feia. Enfim, tô descrevendo de um jeito que provavelmente é errado, mas é mais ou menos esse o cenário em que o solitário Wall.E vive, compactando e empilhando lixo, colecionando objetos que acha interessantes. Ele mora numa espécie de container, onde guarda suas coleções de vídeos (incluindo alguns clássicos do cinema) , eletrodomésticos e outras coisas que acha interessantes, embora não compreenda sua utilidade. E tem a barata-cachorro. Essa é uma piada ótima do filme. Depois do desastre ecológico que tornou a Terra um deserto, quem sobrevive? Um robô e uma barata.

o simpático wall.e intrigado com um cubo mágico

o simpático wall.e intrigado com um cubo mágico

E pelo fato de ter apenas essas duas criaturas em cena, a parte inicial do filme tem outra característica pouco usual: não tem falas. Se apóia basicamente na ação dos personagens. Então já começa muito interessante.

E tem a coisa do robô. Digo, histórias de robôs sempre emocionam. Robôs simpáticos e solitários, então, me fazem chorar. Imagine ainda que esse robô se apaixona perdidamente por uma robôa alienígena.  Eu queria levar o Wall.E para casa e assistir os filmes do Fred Astaire com ele.

Mal espero pelo próximo desenho da Pixar.

novo James Bond e suas respostas curtas e afiadas

novo James Bond e suas respostas curtas e afiadas

007 QUANTUM OF SOLACE

Bom… tem gente que reclama que ele é sujo e deselegante.

Talvez não seja o mais apolíneo, vamos dizer assim. Certamente não tem nada a ver com o  Sean Connery. Nem com o Roger Moore ou o Pierce Brosnan. Mas eu me amarro no novo 007 do Daniel Craig.

Ele é mais ácido, fala menos, pega menos mulher  e apanha mais. Quebra alguns paradigmas do personagem, pois além de tudo o que foi enumerado acima, tem seu corpo mais explorado do que o das mulheres. Mas não falta charme ao novo James Bond. Craig tem uma carga de fúria e virilidade meio Steve McQueen. E ainda veste um smoking com naturalidade.

Esse segundo filme com o Daniel Craig, Quantum of Solace, confirma todas essas novas facetas do 007. Sempre tem umas falas curtas e impagáveis do agente secreto. No filme anterior (Cassino Royale), minha preferida era: Vesper diz ‘I am the money.’ James Bond  dá uma manjada na Eva Green e responde ‘Every penny of it.’ Nesse novo filme, gosto da cena da chegada da agente ruiva, de quem o Giancarlo Giannini observa: ‘Bond ela pode usar algemas.’ E Bond só responde: ‘You hope so.’

Breve num próximo post:

SWEENEY TODD

MAMMA MIA!

ARQUIVO X 2

STAR WARS THE CLONE WARS

KUNG FU PANDA

SURF’S UP (TÁ DANDO ONDA)

BEWULF

CRÔNICAS DE NÁRNIA – PRÍNCIPE CASPIAN

HELLBOY 2: THE GOLDEN ARMY

CASSANDRA’S DREAM

CONVERSAS COM MEU JARDINEIRO

ATONEMENT (DESEJO E REPARAÇÃO) : A propósito da honestidade e da realidade

THERE WILL BE BLOOD (SANGUE NEGRO)

O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN

BECOMING JANE

MARGOT AT THE WEDDING

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

Lacunas:

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ
PERSÉPOLIS
I’M NOT THERE
AGENTE 86
ANTES DE PARTIR
DAN IN REAL LIFE (A NAMORADA DO MEU IRMÃO?)
THE HAPPENING (M. NIGHT SHYAMALAN)
MADAGASCAR 2
HORTON E O MUNDO DOS QUEM
ROLLING STONES – SHINE A LIGHT
FAVOR REBOBINAR
BODY OF LIES (RIDDLEY SCOTT)
Repescagens
ZODIACO
A PELE, BIOGRAFIA IMAGINÁRIA DE DIANE ARBUS
ACROSS THE UNIVERSE
TRILOGIA JASON BOURNE
APOCALYPTO