BEOWULF
Beowulf - lenda em 3D
Já faz um ano que esse entrou em cartaz nos cinemas daqui. Ontem estreou na HBO. Na época da estréia, eu estava um pouco desconfiada de um filme feito nessa técnica de computação gráfica modelada nos corpos dos atores, se posso definir assim. Mas, juntando a lenda, que é muito interessante, os atores e o Neil Gaiman (roteirista), não dava pra resistir.
E acabei achando muito acertada a opção por essa técnica. Podia ser mais um filme com fotografia estilizada, com efeito meio onírico, tipo O Senhor dos Anéis. Mas os realizadores escolheram dar um passo adiante nessa técnica de animação, e acabaram criando uma impressionante dramatização da lenda com tudo o que ela merece em termos de qualidade artística.
O filme é dirigido pelo Robert Zemeckis (De Volta para o Futuro e Forrest Gump). O que para mim também era estranho. Mas depois lembrei que ele fez aquele Expresso Polar, que também emprega a mesma técnica. E já está preparando outro (A Christmas Carol) para o natal deste ano.
E o que essa técnica oferece de bom? Para começar, como se trata de um tema de fantasia de reis, heróis, dragões e tesouros, já permite uma viagem na empada sem limites para os realizadores. E podem se apoiar na expressão autêntica dos atores (Anthony Hopkins, Angelina Jolie, John Malkovich e outros) para garantir um tanto mais de realismo e emoção.
Beowulf cai no charme da sereia dragão angeli
Lembro como fiquei impressionada com o primeiro Final Fantasy, em que tinha uma equipe gigante só para criar o movimento dos cabelos do personagens. Nesse filme, a técnica era de animação 3D pura, sem captar imagem de atores. E já representava um grande avanço nos movimentos, expressão facial, textura dos cabelos e pele.
Mas, voltando ao Beowulf, gosto demais da iara-dragão da Angelina Jolie. Adoro as canções obcenas que perturbam Grendel, o terrível monstro do ouvido absoluto, vivido por Crispin Glover, que também é impressionante. E o que dizer da mágica que transforma o Ray Winstone em Beowulf? A voz é perfeita para o guerreiro lendário. Mas o corpitcho, com certeza foi modelado em alguém tipo o Sean Bean em seus melhores anos… Acho que foi isso que fizeram, mas não contaram nada para o Ray. He-he-he-he!
AS CRÔNICAS DE NÁRNIA – PRÍNCIPE CASPIAN
Eu gostei mais do outro. Aquele do guada-roupa, feiticeira, blablabla. Acho que pela fofice comovente da Lucy, que no outro filme está mais crescidinha. E por resgatar uma lembrança muito frágil da infância. Vi alguma versão para TV, talvez a da BBC ou algum desenho animado que passou na Globo ou SBT. Só me veio esse estalo na cena do Leão sacrificado na mesa de pedra. E depois, quando os quatro irmãos estão crescidos e reencontram o caminho do guardaroupa.
E príncipe Caspian é a cara do rodrigo santoro
Eram alguns detalhes que compensavam a coisa bastante açucarada do primeiro filme. Esse novo é mais sombrio, triste e violento. Mas tudo isso não ajudou a fazer uma sequência melhor para a série. Não que seja de todo ruim. Diverte num sábado à tarde. Por outro lado, 2008 teve muitos filmes de fantasia e aventura concorrendo. O suficiente para embolar uma história na outra e um filme obscurecer o outro.
Agora, um pouco depois de ver o filme, li o Coisas Frágeis, do Neil Gaiman, que dedicou um conto ao exorcismo de um problema que ele sempre teve com As Crônicas de Nárnia. É uma questão difícil, porque, não querendo desmercer o valor literário da obra de C. S. Lewis, até porque nunca li, fazer alegorias religiosas em histórias de fantasia pode ser um tiro no pé. Tem metáforas óbvias do cristianismo no filme. Como o Leão que se sacrifica, e ressussita, sendo testemunhado por duas irmãs (Marta e Maria ou Susan e Lucy). Mas, sinceramente, não acho que isso tenha comprometido muito o filme.
Dizem que os colegas Lewis e Tolkien, ambos cristãos (o primeiro, anglicano e o outro católico), discordavam sobre envolver a religião em suas obras. Apesar de existirem autores que decifram signos cristãos em O Senhor dos Anéis, Tolkien parece evitar isso ao máximo. Acho que o único termo que remetia ao universo judaico-cristão-muçulmano ocorre em alguma passagem em que se refere a anjos. Mas pode ser viagem minha. E não sei se era em O Senhor dos Anéis ou no O Hobbit (ainda não li o Simarillion).
O que me encomoda é quando o autor usa esses conceitos e mata o efeito de transportar completamente o leitor para o outro universo. Com Tolkien, isso não acontece. E é um dos grandes méritos do SDA. No máximo, perturba um pouco a semelhança com textos do Antigo Testamento (fulano é filho de fulano que é filho de fulano X 1000). Mas até nisso ele se safa, porque as sagas escandinavas também usam esse recurso repetitivo, por ser uma tradição oral das histórias. E o fato dele manter o calendário da Terra Média com os meses de janeiro a dezembro também podia ser diferente. Podia ter inventado um calendário totalmente fictício e cortar mais ainda a conexão com o tempo presente. Mesmo assim, a Terra Média é um universo totalmente além da imaginação.
Mas o tal conto do Gaiman meio que tenta resgatar a personagem Susan de um karma triste e injusto. Papo de não ir pro céu porque pecou. Bom… eu tenho uma edição completa das Crônicas, que ainda não li, e emprestei para minha irmã adolescente. Ela destestou e me devolveu antes de terminar de ler. Estranhei porque ela pediu emprestado com tanta curiosidade e entusiasmo, mas se decepcionou totalmente. Falou que é muito cheio de conceitos cristãos, ao ponto de não ser divertido.
Li em algum lugar que a Disney abriu mão dos direitos da obra, porque o desempenho nas telas foi fraco. E parece que ninguém está interessado em dar sequência à série.
HELLBOY 2: THE GOLDEN ARMY
vermelho e bizarro como nunca
O diabão vermelho voltou. Que bom! Não consegui ver no cinema, porque saiu de cartaz em 2 semanas (!). Mais uma vítima da enxurrada de filmes de ficção fantástica de 2008.
Ele voltou e com a acidez e esquisitice de sempre. Aliás esse Ron Perlman, que faz o Hellboy, é um dos exemplos mais incríveis de ator perfeito para o personagem. Lembra dele na Guerra do Fogo e em O Nome da Rosa? Ele podia gritar feito o Beowulf e o rei Leônidas: “I Am Hellboy!”
A trama te uma coisa meio role playing games. Segredos que vão despertar um exército dourado do passado. Traquitanas e armadilhas complicadas.
Tem sempre gosmas, maquiagens bizarras e tramas malucas. E eu gosto pra caramba.
CASSANDRA’S DREAM
crimes e castigos de woody allen
Gosto dessa onda Crime e Castigo do Woody Allen. São filmes sérios. Sobre medo, ganância e assassinato.
Dois irmãos aceitam entrar num esquema para tentar uma grana alta que vai resolver seus problemas e de um tio rico, porém encrencado.
A ambição e a culpa empurra os dois para um poço de pesadelo sem fim.
E ver Ewan McGreggor e Colin Farrell é sempre bom.
Eu “recomeindo”.
CONVERSAS COM MEU JARDINEIRO
o pintor e o jardineiro
Essa é uma daquelas histórias que nem sei como verbalizar os motivos porque gostei. É simples e profundamente belo.
Daniel Auteil é um pintor que resolve voltar à casa de campo de sua infância e reencontra um velho amigo, que agora, trabalho como jardineiro.
As diferenças dos dois vão sendo vencidas por uma amizade regada pelas conversas no jardim. E suas vidas florescem e espelham o curso da natureza.
ATONEMENT (DESEJO E REPARAÇÃO)
Escrever é um ato de transformação. Pode transformar intimamente quem escreve, mas também transfigurar a realidade à sua volta.
Em Desejo e Reparação, o som metálico da máquina de escrever quase se camufla na trilha sonora e serve de marcação das cenas em que a realidade da trama começa a se fragmentar no delírio de uma pequena escritora. Sua imaginação e seu forte desejo de encontrar um lugar no que acontece ao seu redor, empurram a personagem para o redemoinho do dilema entre culpa e honestidade.
A propósito da honestidade e da realidade
O romance de Ian McEwan está na minha lista de pendências literárias. O filme do Joe Wright é um dos melhores do ano passado. Parecia um novo épico romântico passado na segunda grande guerra. Porém, é muito mais do que isso. Há uma forma de contar a história totalmente original e intrigante.
O diretor repete um exercício que adora: filmar um longo plano-sequência. Em seu filme anterior, Orgulho e Preconceito (acho que é por isso que o título original Atonement, que significa reparação ou expiação, virou Desejo e Reparação, como se fosse uma tendência do cineasta por títulos com 2 palavras…), Joe mostra a personagem Elizabeth Bennett (Keira Knightly, que também faz Atonement) passando em frente à casa da família e a câmara adentra a sala, passeia por vários cômodos, rodopia e reencontra Lizzie passando por outra porta. O efeito é muito bonito e retrata o clima bucólico da vida na Inglaterra campestre do final do século 18.
Em Atonement, ele repete a dose numa sequência em que soldados ingleses se encontram numa praia onde aguardam resgate em meio a um teatro de barbaridades. A câmara passeia em tomada ininterrupta por mutilados que gemem, loucos que gritam, bêbados que jogam e riem.
Mas todas as situações delirantes ou não das belas imagens de Atonement se confundem, entram e saem continuamente da imaginação de uma personagem. É ela quem manipula a trama em seu contexto real e imaginário. É muito doido.
No mais, o filme tem atores ótimos, como a Keira Knightly, James McAvoy (gosto cada vez mais dele) e a lendária Vanessa Redgrave.
THERE WILL BE BLOOD (SANGUE NEGRO)
Esse concorreu ao Oscar do ano passado e conquistou o de melhor ator para Daniel Day-Lewis. Não consegui ver no cinema (difícil dar conta de tudo em 2008…).
day-lewis dá o sangue por plainview
O filme narra a saga de Daniel Plainview (Day-Lewis, cada vez mais raro nas tela, mas não menos extraordinário). Apesar do nome, Plainview tem uma visão bastante arrojada da vida e dos negócios e, após anos de ralação e trabalho braçal, ergue uma enorme corporação de exploração do petróleo. A ascensão de Plainview, sua conturbada relação com o filho adotivo e os conflitos com a comunidade onde explora o “sangue negro” são os principais elementos da trama de There will be blood (Sangue Negro).
E puxa vida… que filmaço. Diferente de tudo que eu tinha imaginado. Econômico nos diálogos. Com saltos e cortes abruptos, que parecem querer puxar o expectador por uma janela de distanciamento crítico.
O diretor Paul Thomas Anderson tem projetos bem diversificados no currículo como os filmes Boogie Nights e Magnólia, episódios de Saturday Night Live e comerciais de TV. Mas nesse There will be blood (Sangue Negro), Anderson cria algo realmente diferente para o cinema.
E a trilha sonora é outra surpresa, com tema orquetral de Jonny Greenwood (guitarrista do Radiohead) e obras de Brahms e Arvo Pärt.
O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN
Fiquei meio decepcionada com esse, que aguardei sair nos cinemas, mas foi direto para DVD. Adoraria fazer parte de um clube de leitura de Jane Austen ou de leitura em geral. Mas não gostaria de formar clube com as personagens desse filme. Talvez com a Bernadette (Kathy Baker), que parece a única que gosta mesmo dos livros. O resto é um bando de chatas, que, apesar de estarem no século 21, têm vidas mais tediosas que as pobres heroínas de Austen.
não convidem Jane Austen para esse clube
Mesmo sendo uma fonte de inspiração para as tramas de confusão e desencontros amorosos, típicos das comédias românticas mais batidas, a obra de Jane Austen não foi bem aproveitada nesse filme. Pena… O argumento é parecia bom.
A única coisa realmente legal foi descobrir a música do Paolo Nutini (“New Shoes”) que toca na abertura do filme.
Para quem gosta da autora, recomendo o blog Jane Austen em Português.
BECOMING JANE
Outro que foi direto para o DVD e HBO ao mesmo tempo. Tem fãs de Jane Austen que não gostam dessa cinebio imaginária da escritora. Os créditos do filme afirmam se basear em cartas e outros escritos de Jane. Anne Hathaway (de O Diabo Veste Prada) interpreta a jovem Jane, que ainda não publicara seus romances, apresentando-os apenas para sua família.
Nasce uma escritora.
Filha de um pároco do interior da Inglaterra, Jane não tem grandes perspectivas de casamanto. As poucas que tem, recusa por julgar que merece se casar por amor. Mas tem um romance proibido com um jovem advogado, Sr. Tom Lefroy (o meu novo queridinho James McAvoy).
O tal Lefroy realmente existiu, mas seu romance ardente com Jane é uma opção fictícia do filme, que é bastante focado nesse aspecto da vida da autora de Orgulho e Preconceito.
Mas gostei do filme. Embora derrape historicamente, mostrando um comportamento íntimo dos casais muito pouco comedido para o século 18,o filme retrata um cenário social bem no clima das obra de Jane. Todas as regras de comportamento, discurso moral e hipocrisia da sociedade inglesa observados por Austen de forma tão esmerada em seus livros, estão presentes na trama do filme. E heroínas como Elizabeth e Jane Bennet, Elinor e Marianne Dashwood ou Anne Elliot estão diluídas nas personalidades e nos destinos de Jane e sua irmã Cassandra Austen.
No Brasil, o filme ganhou o título ralo de Amor e Inocência (só pra ajudar a achar em DVD e na programação de TV).
MARGOT AT THE WEDDING
Desse só quero comentar que gosto muito dos atores Nicole Kidman, Jennifer Jason Leigh e Jack Black. Mas apesar deles, e da história ser diferente do usual, achei meio chato.
palavras em ação
Nicole e Jennifer são duas irmãs com questões mal resolvidas. Nicole (Margot) vai ao casamento de Jennifer (Pauline) com Jack Black (que até em filmes sérios e densos é bom, sem deixar de ser engraçado). Os dias de véspera do casamento são um desenrolar de brigas, choros, reencontros dolorosos. Tudo muito centrado nos diálogos, embora as pessoas quebrem o pau se deslocando bastante, mudando de cenário (ora dentro de casa, ora caminhando num bosque ou dirigindo um carro), o que confere alguma ação ao filme.
É cheio de frustrações e problemas não resolvidos. Parece com a vida. E bem chato como ela muitas vezes é.
O ESCAFANDRO E A BORBOLETA
Fecho com esse sensacional longa-metragem que só consegui ver em DVD. Na verdade, é um filme de 2007, mas, se não me engano, chegou ao Brasil no ano passado. Assisti depois de Ensaio sobre a Cegueira, com quem tem lá alguns laços simbólicos. Mas o Escafandro e a Borboleta é uma experiência bem diferente.
vida dentro do escafandro
Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric, o vilão do último 007) é o poderoso editor da revista Elle, que sofre um derrame e perde os movimentos quase totais de seu corpo. Depende de aparelhos para manter seus pulmões, coração e outros órgãos funcionando, e se comunica com o piscar de um dos olhos, único movimento que consegue controlar.
Duas mulheres (lindas como anjos) ajudam Bauby a dominar a linguagem do olho e a tentar recuperar o movimento da boca para talvez voltar a falar. E tudo é mostrado pelo olho de Bauby. A câmera fica “oculta” por trás de seu olho e acompanha toda a angústia e frustração do personagem. Ouvimos tudo que ele queria ter dito de verdade e que não transmitiu com as piscadas. Aliás, este é um método super complicado, em que seu interlocutor encadeia as letras do alfabeto na ordem em que estas são mais utilizadas na língua francesa. E, O, L, R, M (algo assim). E, conforme se diz a letra da palavra que quer formar, o paciente pisca indicando para parar naquela letra. Lentamente, as palavras vão se formando. Bauby e seus anjos avançam na liguagem do “pisca-letras” e o ex-editor, consegue um arremedo de vida para o corpo aprisionado.
E é isso que gostaria de contar. No mais é um dos filmes mais bonitos e emocionante que já assisti. Difícil de descrever com justiça.
Repescagens….
Esses são anteriores, mas só consegui ver em 2008.
SURF’S UP (TÁ DANDO ONDA)
pinguim é a maior onda
Pinguins surfistas num filme de animação com uma dinâmica meio de ficção, meio de documentário. E tem vozes de surfistas de verdade.
É sensacional! O melhor de tudo é o velho surfista solitário com voz do Jeff Bridges. Tipo um Big Lebowski das ondas. E tem o frango surfista perdido entre os pinguins… Já tou com vontade de ver de novo.
A trilha sonora é maravilhosa, com direito a uma inédita da Lauryn Hill.
ZODIACO
assassino de aries a peixes
Muito bom filme, baseado em história real do chamado assassino do Zodiaco, que mandava cartas à redação de um jornal de San Francisco, enlouquecendo as vidas de jornalistas e policiais nos anos 70.
Tem ótimos atores: Jake Gyllenhaal, Mark Rufallo e Robert Downey Jr. (por favor, continua assim que tá ótimo, bicho! ).
Podia realmente ser menos longo (concordo com minha amiga Julie).
A PELE, BIOGRAFIA IMAGINÁRIA DE DIANE ARBUS
sob a pele de uma fotógrafa
Há muitos anos li um livro da Susan Sontag sobre fotografia. Entre vários aristas das lentes, ela se detem sobre a obra de Diane Arbus. Lembro do texto de Sontag descrevendo as pessoas clicadas por Diane. Os mais diversos tipos marginalizados de Nova York, como anões, mulheres barbadas e outros freaks.
Esse filme com Nicole Kidman e Robert Downey Jr. é um belo e carinhoso retrato fictício da fotógrafa tão incompreendida em sua época. O título original em inglês, “Fur” (que quer dizer pele, mas do tipo peluda como de mink, chinchila ou qualquer outra que serve para casacos de pele), remete ao ramo da família de Diane, que comercializava casacos de pele.
Pele também é o objeto imediato da curiosidade da fotógrafa, que conhece e se envolve com o vizinho, vivido por Robert Downey Jr., que sofre de hipertricose. Tem o corpo inteiramente coberto de pelos como um urso.
O filme constrói um possível universo interior de Diane Arbus, dividida entre sua família conservadora, e a irresistível atração pelo exótico mundo dos outsiders.
ACROSS THE UNIVERSE
Beatles. Há quem não goste dos Beatles. O que acho estranho, pois eles são tão desiguais. Ao longo de 8 anos de existência, a banda fez cada álbum tão diferente do anterior. São várias facetas dos Beatles. Revolver está bem distante de A Hard Days Night, que não tem nada a ver com o White Album.
beatles, amor e revolução
E que tal um filme que atravessa os anos 60 ao som dos Beatles? Era uma vez um cara chamado Jude, que se apaixona por Lucy. Eles vão para Nova York e moram na república da sexy Sadie, onde também vive a querida Prudence.
E por aí segue o filme da ótima Julie Taymor (Titus e Frida). Uma explosão extasiante de cores, música, paz e amor ao som de Hey Jude, Lucy in The Sky with Diamonds, Dear Prudence, Helter Skelter, Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band e muitas outras, com direito a Bono cantando The Walrus. Mas nada remete a uma coleção de videoclipes. É muito mais que isso. Destaque para a cena mais bonita e impactante do filme, quando ouvimos Strawberry Fields Forever.
TRILOGIA JASON BOURNE
A Identidade Bourne
Esses filmes são o exemplo do gênero tiros, socos e correrias mais legais de assistir. Me rendi desde o primeiro, A Identidade Bourne. Apesar do Matt Damon, que não considero grandes coisas, é uma excelente aventura de espiões com roteiro sempre inteligente.
Os filmes mais populares de ação sempre me intrigaram, pois tenho dificuldade de acompanhar as cenas de batalhas, tiroteios, perseguições, aviões se bombardeando etc. Acho tudo muito rápido e acabo me intediando. Acho que foi o 300 que conseguiu me fazer acompanhar uma cena de batalha realmente maravilhada com toda a ação.
A Supremacia Bourne
Mas nos filmes do Bourne, sei lá, não tem nem importância ficar sem entender totalmente a trama. A história funciona de qualquer jeito. E os dois últimos filmes, A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne, são ainda melhor nesse aspecto. Foram dirigidos pelo Paul Greengrass (um dos cineastas mais interessantes do momento, ele fez também aquele Vôo não sei que lá da United), e têm o ritmo mais alucinado e vertiginoso ainda.
O Ultimato Bourne
Coloquei a trilogia na lista porque foi apresentada em maratona no Telecine há uns meses atrás. E é incrível como a gente assiste um seguido do outro e fica com vontade de voltar a ver o primeiro, assim que o último acaba.
Além disso, o tema do Moby, Extreme Ways, é uma das minhas músicas favoritas do careca descendente de Herman Melville.
APOCALYPTO
Antes de mais nada, devo dizer que tenho uma bronca violenta do Mel Gibson como diretor. Tipo, eu nunca vou ver aquele do cristo, nem o da guerra de independência (apesar de ter o Heith Ledger, que Deus o tenha), nem aquele outro da guerra do Vietnã. Não me interessam as idéias revisionistas e reacionárias do cara. Prefiro ele como ator. Pode ser canastrão, mas é lindo de morrer e carismático.
As exceções são o Brave Heart (apesar dele demonstrar uma homofobia descarada quando o rei defenestra o namorado do principe), o Homem sem face (ótimo) e esse mais recente, Apocalypto.
uma boa aventura do Gibson
Gibson faz questão de tornar autêntica a reconstituição de época de seus filmes. Isso se vê em Brave Heart e, pelo que li, também naquele das guerras de independência (que conta com consultoria do Smithsonian Institution) e no do cristo ensanguentado feito uma picanha na cruz (falado em aramaico e o caramba). Esse rigor não garante bons filmes, mas é levado adiante com o Apocalypto, onde os atores falam uma língua que a divulgação do filme informava ser muito próxima da que os antigos astecas ou maias, sei lá, falavam. E ainda tem toda a parte de maquiagem, figurino (mínimo, pra falar a verdade) e adereços.
Mas o que importa dizer é que é um ótimo filme de ação, com tudo que uma narrativa clássica da jornada do herói tem direito. Nem precisava de tanta preocupação com a língua da época. Li uma resenha, acho que do NY Times, na época que estreou nos EUA, criticando o filme pela correria ininterrupta do personagem principal. Realmente, ele corre em boa parte do filme, mas acontecem taaaaaantas coisas. É bem bacana e passa no Telecine.
Lacunas …
Esses ainda não consegui ver. Ficaram para 2009, quem sabe?
ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ
A CULPA É DO FIDEL
PERSÉPOLIS
I’M NOT THERE
AGENTE 86
ANTES DE PARTIR
DAN IN REAL LIFE (A NAMORADA DO MEU IRMÃO?)
THE HAPPENING (M. NIGHT SHYAMALAN)
MADAGASCAR 2
HORTON E O MUNDO DOS QUEM
ROLLING STONES – SHINE A LIGHT
FAVOR REBOBINAR
BODY OF LIES (RIDDLEY SCOTT)