A Guerra do Fogo


 

A Guerra do Fogo: viagem pela pré-história da humanidade

A Guerra do Fogo: viagem pela pré-história da humanidade

Enfim, consegui rever. Quase nem acreditei quando encontrei o DVD na prateleira do Macedônia. A primeira vez que assisti “A Guerra do Fogo“, de Jean-Jacques Annaud, foi numa aula de Antropologia Cultural quando fazia faculdade, lá pelo fim dos anos 80. 

Em 1981, o francês Jean-Jacques Annaud resolveu colocar em prática um projeto que vinha preparando há um bom tempo. O cineasta (que depois  dirigiu “O Nome da Rosa”, “O Amante” e “Círculo de Fogo”) passou cinco anos pesquisando tudo para recriar o universo da pré-história da humanidade.  “A Guerra do Fogo” (Quest for Fire) é  baseado em um romance de J.H. Rosny Sr. O filme narra a incrível aventura de um grupo de homo sapiens em busca da fonte de calor e sobrevivência, que, no estágio em que se encontram, ainda não foi possível fabricar. O fogo.

Os atores Everett McGill, Ron Perlman e Nameer El-Kadi vivem os três aventureiros, que partem em uma jornada pela sobrevivência de seu grupo. No caminho, encontram uma mulher de outra tribo (Rae Dawn Chong), que já domina o fogo há muito tempo. Ela se junta aos três na trajetória que representa simbolicamente não só a descoberta do fogo, mas especula com grande riqueza de conceitos científicos e criatividade, o nascimento de instituições decorrentes do choque de culturas e da necessidade de sobrevivência, como a guerra, a tecnologia, a família, a propriedade, o amor,  os tabus (antropofagia) e até a evolução do sexo selvagem à modalidade papai-mamãe.

 

Ron "Hellboy" Perlman

Ron "Hellboy" Perlman

Rae Dawn Chong e Everett McGill

Dawn Chong e McGill

 

 

 

 

 

 

Sem falar na liguagem. A viagem pré-histórica é tão sofisticada, que as “línguas” faladas no filme foram criadas especialmente pelo escritor Anthony Burgess (autor de Laranja Mecânica). Os personagens principais têm apenas um arremedo de linguagem. Mal se entendem, que dirá quando a moça da outra tribo aparece. Além da contribuição de Burgess, o filme ainda conta com o estudo de gestos e linguagem corporal do zoólogo e etólogo Desmond Morris. E veja só que coisa. Mesmo sem diálogos propriamente verbais, eles contam uma incrível história.

O DVD tem extras muito bons. Destaque para o documentário “As Aventuras de A Guerra do Fogo”, com apresentação de Orson Welles. E o making-of composto por uma série de pequenos vídeos sobre a pesquisa de locações (foi filmado no Canadá, Escócia e Quênia. Annaud queria ter filmado também na Islândia, mas não deu certo), o story-board (o diretor passou quatro meses desenhando as sequências), os cenários, a Gaiola do Fogo (mostra como foi concebida uma espécie de gaiola usada para transportar e proteger o fogo),  o elenco, a maquiagem, os bastidores e as fotos da produção (Annaud é um tremendo fotógrafo), entre outros detalhes.

5 pensamentos sobre “A Guerra do Fogo

  1. olá,gostaria de saber em qual macedonia vc encontrou o filme.to desesperada tentando acha-lo,quero comprar no mercado livre,mas ñ sei se e confiavel.me ajude,obrigada

  2. Pingback: Os números de 2010 « Webdebee

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